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Será que o ambiente circundante afeta a atenção e a memória das crianças?

No meu último artigo, abordei o papel que as cores podem ter nas nossas emoções, destacando a importância da Psicologia Ambiental. Inserido ainda na Psicologia Ambiental, hoje trago mais um assunto de potencial interesse para si: A influência que os elementos visuais do ambiente circundante podem ter na atenção e na memória das crianças em idade escolar, e por conseguinte, no seu desempenho académico. Se vos pedir para pensarem em salas de aula do 1º ciclo, certamente que se recordam de salas coloridas, com vários elementos visuais, como posters, desenhos, trabalhos dos alunos, esquemas, entre outros. Se por um lado o objetivo desses materiais é a estimulação do desenvolvimento cerebral das crianças e a consolidação das suas aprendizagens, por outro lado, de acordo com investigações recentes, esses elementos podem funcionar como distrações*. Para aguçar o vosso interesse sobre esta temática, destaco seguidamente um estudo da minha autoria. Em 2018, publiquei na Revista Científica

A autoestima das nossas crianças – o que fazer para a promover?

A autoestima é complexa de definir e é um conceito que engloba o juízo de valor que fazemos relativamente a características que temos. Gostamos do que somos? Gostávamos de ser diferentes? Comparamo-nos com os outros e achamos que somos piores? Melhores? Que imagem gostamos de projetar para os outros? Como achamos que somos vistos? Como nos vemos a nós próprios?   Talvez mais importante do que tentar arranjar uma definição consensual, seja discutir o porquê de a autoestima ser um tópico importante de reflexão. Pode não parecer, mas neste conceito residem uma diversidade de constructos importantes para o nosso bem-estar, saúde e desenvolvimento. E claro, melhor do que trabalharmos nisto em adultos, é tentarmos incutir nas nossas crianças estas noções básicas de amor-próprio para que elas possam crescer num ambiente equilibrado, tornando-se adultos plenos e capacitados.  Uma boa autoestima permite às nossas crianças expressarem-se de forma saudável, aprenderem a cuidar de si, tomarem deci

Distorções cognitivas: o que são e como é que podem agravar a sua resposta de stress e de ansiedade

  S erá que desconfiar dos seus pensamentos, significa duvidar de si? Claro que não! Os pensamentos que tem sobre si, sobre os outros e sobre o mundo, não refletem a realidade, mas sim, a perceção que tem dela - e como sabe, a sua perceção é influenciada por diversos fatores, nomeadamente a genética, o ambiente familiar, a cultura, entre outros . O que são distorções cognitivas As distorções cognitivas são determinados tipos de pensamentos que induzem as pessoas a interpretarem a realidade de forma mais negativa do que ela realmente é. Geralmente, estes tipos de pensamentos ocorrem particularmente nos momentos de elevado stress, mas como são muito subtis, torna-se difícil reconhecê-los. Fique a conhecer as distorções cognitivas mais comuns e exemplos de situações onde pode usá-las. Pensamento tudo ou nada/preto ou branco Este tipo de distorção cognitiva ocorre quando a pessoa se foca nos extremos, sem considerar os pontos intermédios, isto é, não há meio-termo. Por exemplo, se é

A ameaça através do medo: como lidar com os efeitos da guerra

O medo é uma das emoções universais e surge perante a ameaça de dano, seja físico, emocional ou psicológico, real ou imaginário. Embora tradicionalmente seja considerado uma emoção “negativa”, o medo desempenha, na verdade, um papel importante na nossa segurança, preparando-nos para lidar com o perigo potencial.  Existem vários níveis de medo, sendo eles distinguidos em termos de intensidade, de tempo, e de estratégias de enfrentamento. Todavia, em todos os níveis de medo, devemos concentrar-nos em perceber quais as ações, se as houver, que podem ser tomadas para reduzir ou eliminar a ameaça. Quando somos capazes de lidar com a ameaça, isso diminui ou elimina a experiência de medo. Alternativamente, quando nos sentimos impotentes para lidar com a ameaça, isso intensifica o medo. Apesar de existirem vários gatilhos de medo (e.g., escuridão, alturas, rejeição, animais perigosos, morte), irei focar-me, para o propósito deste artigo, no medo da guerra, atendendo à realidade que estamos a v

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Dê cor à sua vida: a influência das cores nas suas emoções

  Já ouviu falar em Psicologia do Ambiente ou em Psicologia da Arquitetura? Já pensou que o ambiente físico em que está inserido num determinado momento pode influenciar as suas emoções? A Psicologia Ambiental e da Arquitetura surgiu poucos anos após a 2ª Guerra Mundial, no seguimento da necessidade de se reconstruírem as cidades europeias devastadas pelos bombardeamentos. O objetivo principal desta subárea da Psicologia, em articulação com outras áreas do conhecimento, é perceber os fatores inerentes à relação ‘indivíduo-ambiente circundante’ e potenciá-los, com vista a melhorar o bem-estar dos indivíduos, nomeadamente as suas experiências emocionais. Embora com interesse escasso, principalmente em Portugal*, a investigação tem-nos mostrado dados claramente importantes a ter em conta no nosso quotidiano, nas mais diversas dimensões: social, laboral, familiar, escolar, entre muitas outras. De uma forma sucinta e exemplificativa, verifique o papel de algumas cores no estado emoc