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A mostrar mensagens com a etiqueta emoções

O papel da literacia emocional na saúde Mental

Hoje em dia já se começa a ler ou ouvir a expressão “literacia emocional” com relativa frequência. Mas o que é, afinal? A literacia emocional é um conceito da Psicologia que se refere à capacidade de identificar, compreender, expressar e regular as emoções de forma saudável e eficaz. Desempenha um papel determinante no bem-estar psicológico, nas relações interpessoais e na capacidade de enfrentar os desafios da vida. Ao contrário do que muitos pensam, a literacia emocional vai além do simples reconhecimento das emoções: envolve a compreensão de como as emoções influenciam os pensamentos e comportamentos, bem como a capacidade de comunicar essas emoções de forma clara. Este conceito baseia-se em competências como: Perceção emocional: Identificar as próprias emoções e as emoções de outros. Compreensão emocional: Reconhecer as causas e consequências das emoções. Expressão emocional: Comunicar emoções de maneira apropriada. Regulação emocional: Gerir reações...

Será medo, ansiedade ou perturbação de ansiedade?

  Ambas as emoções, o medo e a ansiedade, têm a função de alertar-nos para o perigo e desencadeiam alterações fisiológicas similares (e.g., aumento de batimento cardíaco, da respiração, tensão muscular, etc.,). Contudo, apesar dessas similaridades, existem diferenças significativas entre as duas emoções. A resposta emocional do medo é desencadeada face a uma situação de perigo iminente real ou percebida. Por exemplo, se alguém apontar-lhe uma arma e disser que se trata de um assalto ou se for tocado por alguém de forma inesperada ou cheirar-lhe a queimado, nestes casos, reage com medo perante um perigo iminente real ou percebido. Por outro lado, a resposta emocional de ansiedade é desencadeada face a antecipação de um perigo futuro. Por exemplo, se se encontrar numa rua pouco iluminada durante a noite, e começar a preocupar-se com a possibilidade de ser atacado/a ou assaltado/a, as alterações fisiológicas que pode experienciar como o aumento de batimento cardíaco, da respiração ...

A autoestima das nossas crianças – o que fazer para a promover?

A autoestima é complexa de definir e é um conceito que engloba o juízo de valor que fazemos relativamente a características que temos. Gostamos do que somos? Gostávamos de ser diferentes? Comparamo-nos com os outros e achamos que somos piores? Melhores? Que imagem gostamos de projetar para os outros? Como achamos que somos vistos? Como nos vemos a nós próprios?   Talvez mais importante do que tentar arranjar uma definição consensual, seja discutir o porquê de a autoestima ser um tópico importante de reflexão. Pode não parecer, mas neste conceito residem uma diversidade de constructos importantes para o nosso bem-estar, saúde e desenvolvimento. E claro, melhor do que trabalharmos nisto em adultos, é tentarmos incutir nas nossas crianças estas noções básicas de amor-próprio para que elas possam crescer num ambiente equilibrado, tornando-se adultos plenos e capacitados.  Uma boa autoestima permite às nossas crianças expressarem-se de forma saudável, aprenderem a cuidar ...

Distorções cognitivas: o que são e como é que podem agravar a sua resposta de stress e de ansiedade

  S erá que desconfiar dos seus pensamentos, significa duvidar de si? Claro que não! Os pensamentos que tem sobre si, sobre os outros e sobre o mundo, não refletem a realidade, mas sim, a perceção que tem dela - e como sabe, a sua perceção é influenciada por diversos fatores, nomeadamente a genética, o ambiente familiar, a cultura, entre outros . O que são distorções cognitivas As distorções cognitivas são determinados tipos de pensamentos que induzem as pessoas a interpretarem a realidade de forma mais negativa do que ela realmente é. Geralmente, estes tipos de pensamentos ocorrem particularmente nos momentos de elevado stress, mas como são muito subtis, torna-se difícil reconhecê-los. Fique a conhecer as distorções cognitivas mais comuns e exemplos de situações onde pode usá-las. Pensamento tudo ou nada/preto ou branco Este tipo de distorção cognitiva ocorre quando a pessoa se foca nos extremos, sem considerar os pontos intermédios, isto é, não há meio-termo. Por exemplo, s...

A ameaça através do medo: como lidar com os efeitos da guerra

O medo é uma das emoções universais e surge perante a ameaça de dano, seja físico, emocional ou psicológico, real ou imaginário. Embora tradicionalmente seja considerado uma emoção “negativa”, o medo desempenha, na verdade, um papel importante na nossa segurança, preparando-nos para lidar com o perigo potencial.  Existem vários níveis de medo, sendo eles distinguidos em termos de intensidade, de tempo, e de estratégias de enfrentamento. Todavia, em todos os níveis de medo, devemos concentrar-nos em perceber quais as ações, se as houver, que podem ser tomadas para reduzir ou eliminar a ameaça. Quando somos capazes de lidar com a ameaça, isso diminui ou elimina a experiência de medo. Alternativamente, quando nos sentimos impotentes para lidar com a ameaça, isso intensifica o medo. Apesar de existirem vários gatilhos de medo (e.g., escuridão, alturas, rejeição, animais perigosos, morte), irei focar-me, para o propósito deste artigo, no medo da guerra, atendendo à realidade que estamos...

Dê cor à sua vida: a influência das cores nas suas emoções

  Já ouviu falar em Psicologia do Ambiente ou em Psicologia da Arquitetura? Já pensou que o ambiente físico em que está inserido num determinado momento pode influenciar as suas emoções? A Psicologia Ambiental e da Arquitetura surgiu poucos anos após a 2ª Guerra Mundial, no seguimento da necessidade de se reconstruírem as cidades europeias devastadas pelos bombardeamentos. O objetivo principal desta subárea da Psicologia, em articulação com outras áreas do conhecimento, é perceber os fatores inerentes à relação ‘indivíduo-ambiente circundante’ e potenciá-los, com vista a melhorar o bem-estar dos indivíduos, nomeadamente as suas experiências emocionais. Embora com interesse escasso, principalmente em Portugal*, a investigação tem-nos mostrado dados claramente importantes a ter em conta no nosso quotidiano, nas mais diversas dimensões: social, laboral, familiar, escolar, entre muitas outras. De uma forma sucinta e exemplificativa, verifique o papel de algumas cores no estado ...