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O que fazer com o medo das nossas crianças?

Medo. Uma simples palavra que pode levar-nos no imediato a pensar em inúmeras coisas, muito possivelmente com graus diferentes de desconforto. Apesar de ter uma fama pouco simpática, o medo é, na verdade, uma das nossas emoções básicas e cumpre um papel fundamental nas nossas vidas. O medo ajuda-nos a protegermo-nos dos mais variados cenários e perigos (reais ou imaginários), porque atua ao desencadear no nosso organismo respostas cognitivas, psicofisiológicas e motoras de prevenção (quando hipotetizamos os mais variados cenários), e de alerta, que nos fazem evitar determinadas situações potencialmente perigosas. Olhou para os dois lados antes de atravessar a estrada? Agradeça ao seu medo de ser atropelado por tê-lo protegido desse cenário pouco conveniente! Tal como nós adultos temos a nossa bagagem de medos (uns mais conscientes que outros), também as crianças interagem com esta emoção e, regra geral, não fogem das reações fisiológicas que a resposta de medo pode desencadear no nosso

Será que o ambiente circundante afeta a atenção e a memória das crianças?

No meu último artigo, abordei o papel que as cores podem ter nas nossas emoções, destacando a importância da Psicologia Ambiental. Inserido ainda na Psicologia Ambiental, hoje trago mais um assunto de potencial interesse para si: A influência que os elementos visuais do ambiente circundante podem ter na atenção e na memória das crianças em idade escolar, e por conseguinte, no seu desempenho académico. Se vos pedir para pensarem em salas de aula do 1º ciclo, certamente que se recordam de salas coloridas, com vários elementos visuais, como posters, desenhos, trabalhos dos alunos, esquemas, entre outros. Se por um lado o objetivo desses materiais é a estimulação do desenvolvimento cerebral das crianças e a consolidação das suas aprendizagens, por outro lado, de acordo com investigações recentes, esses elementos podem funcionar como distrações*. Para aguçar o vosso interesse sobre esta temática, destaco seguidamente um estudo da minha autoria. Em 2018, publiquei na Revista Científica

A autoestima das nossas crianças – o que fazer para a promover?

A autoestima é complexa de definir e é um conceito que engloba o juízo de valor que fazemos relativamente a características que temos. Gostamos do que somos? Gostávamos de ser diferentes? Comparamo-nos com os outros e achamos que somos piores? Melhores? Que imagem gostamos de projetar para os outros? Como achamos que somos vistos? Como nos vemos a nós próprios?   Talvez mais importante do que tentar arranjar uma definição consensual, seja discutir o porquê de a autoestima ser um tópico importante de reflexão. Pode não parecer, mas neste conceito residem uma diversidade de constructos importantes para o nosso bem-estar, saúde e desenvolvimento. E claro, melhor do que trabalharmos nisto em adultos, é tentarmos incutir nas nossas crianças estas noções básicas de amor-próprio para que elas possam crescer num ambiente equilibrado, tornando-se adultos plenos e capacitados.  Uma boa autoestima permite às nossas crianças expressarem-se de forma saudável, aprenderem a cuidar de si, tomarem deci

A importância do brincar!

O brincar. Parece simples, mas tem muito que se lhe diga. Se para nós adultos o brincar de uma  criança é observá-la a materializar a imaginação através da manipulação de objetos em  passo desenfreado de “faz-de-conta”, para a criança o brincar representa muito mais.  É, aliás, extremamente valioso, porque é através da brincadeira que esta comunica e  se desenvolve. Alguma vez se questionou porque é que com um simples pau a criança  faz uma espada ou varinha de condão e é subitamente cavaleiro medieval ou poderosa  feiticeira? Embora possam apreciar brinquedos complexos e as personagens das suas  histórias favoritas, na falta de algo mais elaborado a mente da criança contrapõe, com  toda a mestria e sem esforço, essa lacuna tornando as coisas simples em coisas  mágicas – e úteis! É na brincadeira que a criança treina expressões, gestos e sons que mais tarde se observam nas suas competências sociais e de linguagem. O brincar desenvolve a imaginação, os afetos, consolida aprendizagens, t