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O que fazer com o medo das nossas crianças?

Medo. Uma simples palavra que pode levar-nos no imediato a pensar em inúmeras coisas, muito possivelmente com graus diferentes de desconforto. Apesar de ter uma fama pouco simpática, o medo é, na verdade, uma das nossas emoções básicas e cumpre um papel fundamental nas nossas vidas. O medo ajuda-nos a protegermo-nos dos mais variados cenários e perigos (reais ou imaginários), porque atua ao desencadear no nosso organismo respostas cognitivas, psicofisiológicas e motoras de prevenção (quando hipotetizamos os mais variados cenários), e de alerta, que nos fazem evitar determinadas situações potencialmente perigosas. Olhou para os dois lados antes de atravessar a estrada? Agradeça ao seu medo de ser atropelado por tê-lo protegido desse cenário pouco conveniente! Tal como nós adultos temos a nossa bagagem de medos (uns mais conscientes que outros), também as crianças interagem com esta emoção e, regra geral, não fogem das reações fisiológicas que a resposta de medo pode desencadear no nosso

Como reduzir os impactos negativos das distorções cognitivas?

No contexto da terapia cognitivo-comportamental, a reestruturação cognitiva é uma técnica amplamente utilizada e que permite lidar com as distorções cognitivas de forma eficaz. Esta técnica consiste em desenvolver o hábito de identificar os pensamentos automáticos negativos ou disfuncionais, bem como, as emoções associadas e redirecionar a atenção para pensamentos mais funcionais. Reestruturação cognitiva: como aplicar esta técnica? Passo 1. Conheça os diferentes tipos das distorções cognitivas O primeiro passo para usar esta técnica, consiste em conhecer e compreender os diferentes tipos de distorções cognitivas que existem. Neste artigo apresento-vos sete tipos de distorções cognitivas , mas, para conhecerem os tipos de distorções mais comuns, podem consultar o meu artigo anterior sobre este tópico.    Passo 2. Como identificar as distorções cognitivas que mais usa Para saber quais as distorções cognitivas que mais usa, deve monitorizar os seus pensamentos e as suas emoç

Será que o ambiente circundante afeta a atenção e a memória das crianças?

No meu último artigo, abordei o papel que as cores podem ter nas nossas emoções, destacando a importância da Psicologia Ambiental. Inserido ainda na Psicologia Ambiental, hoje trago mais um assunto de potencial interesse para si: A influência que os elementos visuais do ambiente circundante podem ter na atenção e na memória das crianças em idade escolar, e por conseguinte, no seu desempenho académico. Se vos pedir para pensarem em salas de aula do 1º ciclo, certamente que se recordam de salas coloridas, com vários elementos visuais, como posters, desenhos, trabalhos dos alunos, esquemas, entre outros. Se por um lado o objetivo desses materiais é a estimulação do desenvolvimento cerebral das crianças e a consolidação das suas aprendizagens, por outro lado, de acordo com investigações recentes, esses elementos podem funcionar como distrações*. Para aguçar o vosso interesse sobre esta temática, destaco seguidamente um estudo da minha autoria. Em 2018, publiquei na Revista Científica

A autoestima das nossas crianças – o que fazer para a promover?

A autoestima é complexa de definir e é um conceito que engloba o juízo de valor que fazemos relativamente a características que temos. Gostamos do que somos? Gostávamos de ser diferentes? Comparamo-nos com os outros e achamos que somos piores? Melhores? Que imagem gostamos de projetar para os outros? Como achamos que somos vistos? Como nos vemos a nós próprios?   Talvez mais importante do que tentar arranjar uma definição consensual, seja discutir o porquê de a autoestima ser um tópico importante de reflexão. Pode não parecer, mas neste conceito residem uma diversidade de constructos importantes para o nosso bem-estar, saúde e desenvolvimento. E claro, melhor do que trabalharmos nisto em adultos, é tentarmos incutir nas nossas crianças estas noções básicas de amor-próprio para que elas possam crescer num ambiente equilibrado, tornando-se adultos plenos e capacitados.  Uma boa autoestima permite às nossas crianças expressarem-se de forma saudável, aprenderem a cuidar de si, tomarem deci

Distorções cognitivas: o que são e como é que podem agravar a sua resposta de stress e de ansiedade

  S erá que desconfiar dos seus pensamentos, significa duvidar de si? Claro que não! Os pensamentos que tem sobre si, sobre os outros e sobre o mundo, não refletem a realidade, mas sim, a perceção que tem dela - e como sabe, a sua perceção é influenciada por diversos fatores, nomeadamente a genética, o ambiente familiar, a cultura, entre outros . O que são distorções cognitivas As distorções cognitivas são determinados tipos de pensamentos que induzem as pessoas a interpretarem a realidade de forma mais negativa do que ela realmente é. Geralmente, estes tipos de pensamentos ocorrem particularmente nos momentos de elevado stress, mas como são muito subtis, torna-se difícil reconhecê-los. Fique a conhecer as distorções cognitivas mais comuns e exemplos de situações onde pode usá-las. Pensamento tudo ou nada/preto ou branco Este tipo de distorção cognitiva ocorre quando a pessoa se foca nos extremos, sem considerar os pontos intermédios, isto é, não há meio-termo. Por exemplo, se é

A ameaça através do medo: como lidar com os efeitos da guerra

O medo é uma das emoções universais e surge perante a ameaça de dano, seja físico, emocional ou psicológico, real ou imaginário. Embora tradicionalmente seja considerado uma emoção “negativa”, o medo desempenha, na verdade, um papel importante na nossa segurança, preparando-nos para lidar com o perigo potencial.  Existem vários níveis de medo, sendo eles distinguidos em termos de intensidade, de tempo, e de estratégias de enfrentamento. Todavia, em todos os níveis de medo, devemos concentrar-nos em perceber quais as ações, se as houver, que podem ser tomadas para reduzir ou eliminar a ameaça. Quando somos capazes de lidar com a ameaça, isso diminui ou elimina a experiência de medo. Alternativamente, quando nos sentimos impotentes para lidar com a ameaça, isso intensifica o medo. Apesar de existirem vários gatilhos de medo (e.g., escuridão, alturas, rejeição, animais perigosos, morte), irei focar-me, para o propósito deste artigo, no medo da guerra, atendendo à realidade que estamos a v

Curso Avançado em Intervenção Psicológica em Situações de Divórcio

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Dê cor à sua vida: a influência das cores nas suas emoções

  Já ouviu falar em Psicologia do Ambiente ou em Psicologia da Arquitetura? Já pensou que o ambiente físico em que está inserido num determinado momento pode influenciar as suas emoções? A Psicologia Ambiental e da Arquitetura surgiu poucos anos após a 2ª Guerra Mundial, no seguimento da necessidade de se reconstruírem as cidades europeias devastadas pelos bombardeamentos. O objetivo principal desta subárea da Psicologia, em articulação com outras áreas do conhecimento, é perceber os fatores inerentes à relação ‘indivíduo-ambiente circundante’ e potenciá-los, com vista a melhorar o bem-estar dos indivíduos, nomeadamente as suas experiências emocionais. Embora com interesse escasso, principalmente em Portugal*, a investigação tem-nos mostrado dados claramente importantes a ter em conta no nosso quotidiano, nas mais diversas dimensões: social, laboral, familiar, escolar, entre muitas outras. De uma forma sucinta e exemplificativa, verifique o papel de algumas cores no estado emoc

Costuma ter um discurso negativo sobre si próprio/a? Dicas para ultrapassá-lo

Para este mês, o texto que escrevi para a Sapo Lifestyle é sobre a narrativa interna que, muitas vezes, nos assoma e nos faz perder o brilho, a confiança e o amor-próprio. Se acha que este texto o/a pode ajudar, clique aqui , para lê-lo na íntegra.

A importância do brincar!

O brincar. Parece simples, mas tem muito que se lhe diga. Se para nós adultos o brincar de uma  criança é observá-la a materializar a imaginação através da manipulação de objetos em  passo desenfreado de “faz-de-conta”, para a criança o brincar representa muito mais.  É, aliás, extremamente valioso, porque é através da brincadeira que esta comunica e  se desenvolve. Alguma vez se questionou porque é que com um simples pau a criança  faz uma espada ou varinha de condão e é subitamente cavaleiro medieval ou poderosa  feiticeira? Embora possam apreciar brinquedos complexos e as personagens das suas  histórias favoritas, na falta de algo mais elaborado a mente da criança contrapõe, com  toda a mestria e sem esforço, essa lacuna tornando as coisas simples em coisas  mágicas – e úteis! É na brincadeira que a criança treina expressões, gestos e sons que mais tarde se observam nas suas competências sociais e de linguagem. O brincar desenvolve a imaginação, os afetos, consolida aprendizagens, t

Sobrevivi à época festiva, mas como tratar uma Perturbação Alimentar?

Este mês, o artigo escrito por mim para a Sapo LifeStyle é sobre o tratamento das Perturbações Alimentares, usando a Terapia Cognitivo-Comportamental. Consulte-o aqui: https://lifestyle.sapo.pt/saude/fitness-e-bem-estar/artigos/sobrevivi-a-epoca-festiva-mas-como-tratar-uma-perturbacao-alimentar-as-explicacoes-de-uma-psicologa

THINK WISE - Quem Somos?

A maioria de vós já me conhece. Sou a Laura Alho e desempenho várias funções profissionais, sendo psicóloga a principal.  Criei um espaço de Psicologia em Aveiro, em 2019, que foi evoluindo com o tempo e que culminou no que hoje vos apresento. Expandi o meu projeto pessoal, englobando outros profissionais, que partilham a mesma visão e os mesmos objetivos, tendo por base a promoção da Saúde Mental e do Bem-Estar. Hoje apresento-vos a  THINK WISE  . Este é o nome que nos irá identificar no mercado e que conta com vários colegas com formações e experiências diversas e que são, seguramente, uma mais-valia para os clientes que nos procuram e confiam em nós e no nosso trabalho. Aliados à nossa constante formação, o rigor, o profissionalismo e a transparência são alguns dos valores que fazem com que tenhamos um lugar diferenciador na prestação de serviços de psicologia e de coaching . Somos, pois, uma equipa de psicólogos credenciados pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, que prima pe