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Birras: De onde vêm e como preveni-las

Lidar com emoções intensas das crianças pode ser um desafio, nomeadamente quando estas se manifestam em birras. Se o leitor já presenciou uma situação de birra por parte de uma criança, sabe do que estou a falar.   O que são birras e de onde vêm? As birras são comportamentos comuns na infância, marcadas por reações emocionais negativas e desproporcionais ao momento, que a criança utiliza para manifestar e lidar com sentimentos mais complexos, como é exemplo a raiva, a angústia ou a frustração. Estas ocorrem principalmente na faixa etária dos 1 aos 4 anos de idade, não obstante poderem manifestar-se noutras fases do desenvolvimento. As birras são consideradas uma resposta emocional normativa do desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, sendo que as causas de uma birra podem advir de vários fatores internos e/ou externos e, assim, variar de criança para criança. No entanto, entre alguns fatores estão: as competências sociais e emocionais pouco desenvolvidas, o que pode levar a cr

Livro novo: Aumenta a tua produtividade

  Aumenta a tua produtividade: simplifica a tua vida e desenvolve a mestria na gestão do teu tempo é um livro de autoconhecimento que partilha estratégias de autogestão, com resultados efetivos. Nele encontras ferramentas, técnicas, exercícios de introspeção, dicas, matrizes e planilhas para que possas usar e testar a sua eficácia no teu dia a dia. A gestão de tempo tem muito mais impacto na nossa vida e no nosso bem-estar do que aparenta a uma primeira vista. Há muitas ramificações e interligações entre gestão de tempo, autoestima, identidade, propósito, objetivos, prioridades, qualidade de vida, liberdade, produtividade, independência financeira, sucesso, comunicação, regulação emocional e até saúde. Entender estas interconexões, ainda que levemente, é um passo importante na tua jornada. Com este livro, tens acesso a conhecimento técnico, de uma forma simplificada, que te irá ajudar a definir objetivos e a orientar a tua vida. Além disso, possibilita-te um melhor entendimento sobre

Os efeitos da resposta de stress no corpo

  Todos já experienciamos stress e a forma como gerimos o stress varia de pessoa para a pessoa. Apesar da resposta do stress ser um mecanismo de defesa brilhante, a exposição a este tipo de resposta de uma forma contínua ou crónica acarreta consequências negativas para a nossa saúde física e mental. O que é stress? O stress é a resposta fisiológica que é desencadeada pelo organismo quando este perceciona a ameaça ou o perigo. Por exemplo, imagine uma zebra que se encontra na savana a deliciar-se da sua erva fresquinha e que, assim que se apercebe da presença de uma chita, desata a correr, conseguindo-se escapar de forma ilesa. Tudo isto acontece por causa da resposta de stress, também conhecida como resposta de luta ou fuga. A ativação deste tipo de resposta inclui a libertação de hormonas como adrenalina e cortisol. A adrenalina estimula o corpo para uma resposta imediata aumentando a frequência cardíaca, a pressão sanguínea, a respiração, entre outros efeitos. O cortisol, conheci

A depressão anda de boca em boca

A depressão anda de boca em boca Caro leitor,    Alguma vez ouviu falar em depressão? E em sintomatologia depressiva? Sou capaz de apostar que sim, e muito provavelmente, com diferentes graus de exatidão. Primeiro, vamos à base:  qual a diferença  entre a depressão e a sintomatologia depressiva? A depressão é uma perturbação do humor, catalogada no DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais), que se caracteriza pela presença de sintomas como: humor deprimido, anedonia (falta de prazer), aumento/perda de peso, alterações do sono e da agitação psicomotora, fadiga, sentimentos de desvalorização excessivos, entre outros. Porém, para poder ser equacionada a hipótese de um diagnóstico clínico, é importante atender a muitos mais fatores do que simplesmente a presença de sintomas - o número e intensidade dos mesmos, o grau de comprometimento na vida da pessoa, critérios temporais, comorbidades, a existência ou não de critérios de exclusão, os fatores de risco e prognós

Crianças reféns da tecnologia? Saiba quais os riscos e orientações

     A tecnologia está presente na maior parte do nosso dia-a-dia e o primeiro contacto com ela tem acontecido cada vez mais cedo, na fase da infância, sendo que não é raro que as crianças comecem a interagir com os ecrãs antes de darem os seus primeiros passos, sejam eles no telemóvel, tablet e/ou televisão. Este acontecimento, entre outras causas, deve-se à influência da relação dos pais com as tecnologias.       Sabe-se que é na  infância que acontece o rápido crescimento das células cerebrais, sendo que, desde o nascimento até aos dois anos de idade, o cérebro da criança triplica de tamanho e continua em crescimento e amadurecimento até aos 21 anos. Este desenvolvimento cerebral é influenciado por estímulos ambientais, ou pela falta deles.      A tecnologia pode ser considerada uma oportunidade de aprendizagem para as nossas crianças, mas é fundamental ter alguns cuidados, já que a exposição exagerada aos ecrãs, pode levar ao aumento de problemas de atenção e concentração, a dificu

Será medo, ansiedade ou perturbação de ansiedade?

  Ambas as emoções, o medo e a ansiedade, têm a função de alertar-nos para o perigo e desencadeiam alterações fisiológicas similares (e.g., aumento de batimento cardíaco, da respiração, tensão muscular, etc.,). Contudo, apesar dessas similaridades, existem diferenças significativas entre as duas emoções. A resposta emocional do medo é desencadeada face a uma situação de perigo iminente real ou percebida. Por exemplo, se alguém apontar-lhe uma arma e disser que se trata de um assalto ou se for tocado por alguém de forma inesperada ou cheirar-lhe a queimado, nestes casos, reage com medo perante um perigo iminente real ou percebido. Por outro lado, a resposta emocional de ansiedade é desencadeada face a antecipação de um perigo futuro. Por exemplo, se se encontrar numa rua pouco iluminada durante a noite, e começar a preocupar-se com a possibilidade de ser atacado/a ou assaltado/a, as alterações fisiológicas que pode experienciar como o aumento de batimento cardíaco, da respiração acel

O que fazer com o medo das nossas crianças?

Medo. Uma simples palavra que pode levar-nos no imediato a pensar em inúmeras coisas, muito possivelmente com graus diferentes de desconforto. Apesar de ter uma fama pouco simpática, o medo é, na verdade, uma das nossas emoções básicas e cumpre um papel fundamental nas nossas vidas. O medo ajuda-nos a protegermo-nos dos mais variados cenários e perigos (reais ou imaginários), porque atua ao desencadear no nosso organismo respostas cognitivas, psicofisiológicas e motoras de prevenção (quando hipotetizamos os mais variados cenários), e de alerta, que nos fazem evitar determinadas situações potencialmente perigosas. Olhou para os dois lados antes de atravessar a estrada? Agradeça ao seu medo de ser atropelado por tê-lo protegido desse cenário pouco conveniente! Tal como nós adultos temos a nossa bagagem de medos (uns mais conscientes que outros), também as crianças interagem com esta emoção e, regra geral, não fogem das reações fisiológicas que a resposta de medo pode desencadear no nosso