Mesmo estando numa relação, podemos sentir que nos falta alguma coisa – como se existisse um “vazio” que nunca sentimos ser preenchido. Acreditamos, de forma consciente ou não, que não teremos as nossas necessidades emocionais satisfeitas pelos outros. Este sentimento pode acompanhar-nos ao longo da vida, influenciando a forma como nos vemos, como nos relacionamos e como percebemos a (in)disponibilidade emocional das pessoas com quem estabelecemos essas relações (Young, 1990; Young, Klosko & Weishaar, 2003). A Privação Emocional assenta nesta convicção, de que as necessidades emocionais fundamentais (p.e. cuidado, empatia e proteção) não serão atendidas nas nossas relações afetivas. A pessoa sente que, inevitavelmente, não terá o afeto de que precisa, mesmo quando os outros se mostram presentes e emocionalmente envolvidos. Esta carência percebida pode resultar em padrões cognitivos, emocionais e comportamentais, que se mantêm ao longo do tempo e influenciam escolhas relaci...