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Mensagens

Avaliação Psicológica em Orientação Vocacional: mitos e verdades

                O 9.º ano é uma etapa decisiva no percurso escolar, pois é nesta fase, mais concretamente no final desse ano letivo, que se escolhe a área de estudos para os três anos seguintes. A escolha de uma área de estudo ou curso pode gerar dúvidas, incertezas e muita angústia. A avaliação psicológica em orientação vocacional é uma ferramenta muito útil que pode apoiar os adolescentes e jovens neste processo. No entanto, persistem vários mitos em torno desta avaliação, que podem criar expectativas irrealistas ou até mesmo resistências quanto à sua utilidade. Neste artigo, convido-te a conhecer e a desconstruir alguns mitos sobre a avaliação vocacional. Avaliação psicológica em Orientação Vocacional – o que é? A avaliação psicológica em orientação vocacional é um processo de avaliação estruturado e colaborativo que visa promover o autoconhecimento e apoiar a tomada de decisões académicas e profissionais de forma consciente, informada e a...
Mensagens recentes

Luto Gestacional: a perda invisível de um(a) filho(a)

    Aprofundando a minha análise sobre o luto gestacional, dei por mim a refletir sobre o passar do tempo e como a conceção tem vindo a mudar no decorrer do mesmo. Investigando sobre o tema, deparei-me que não só na Europa, como também em Portugal, tem vindo a evidenciar-se um declínio na fecundidade – diminuição do limiar de reprodução – e embora noutrora as condições e os recursos de vida fossem mais escassos, a taxa de natalidade era mais alta do que na atualidade. No final do século XX registou-se na Europa um decréscimo significativo face ao número de filhos concebidos, sendo este agravamento acentuado pelo fator tempo, e idade tardia dos progenitores terem filhos. Em 2012, Portugal registou pela primeira vez um Índice Sintético de Fecundidade com um limiar muito baixo e, devido aos poucos nascimentos, a estrutura populacional mostrou-se consequentemente envelhecida (Mendes et al. 2016). Muitas mulheres partilham o sonho de serem mães, e outras nem sequer equacionam t...

Permissão para amar (e sentir-se amado)

  Mesmo estando numa relação, podemos sentir que nos falta alguma coisa – como se existisse um “vazio” que nunca sentimos ser preenchido. Acreditamos, de forma consciente ou não, que não teremos as nossas necessidades emocionais satisfeitas pelos outros. Este sentimento pode acompanhar-nos ao longo da vida, influenciando a forma como nos vemos, como nos relacionamos e como percebemos a (in)disponibilidade emocional das pessoas com quem estabelecemos essas relações (Young, 1990; Young, Klosko & Weishaar, 2003). A Privação Emocional assenta nesta convicção, de que as necessidades emocionais fundamentais (p.e. cuidado, empatia e proteção) não serão atendidas nas nossas relações afetivas. A pessoa sente que, inevitavelmente, não terá o afeto de que precisa, mesmo quando os outros se mostram presentes e emocionalmente envolvidos. Esta carência percebida pode resultar em padrões cognitivos, emocionais e comportamentais, que se mantêm ao longo do tempo e influenciam escolhas relaci...

Perfecionismo ou produtividade?

Se já passou horas a rever o mesmo email antes de enviar, a ajustar o mínimo detalhe num relatório ou a adiar uma entrega porque “ainda não está suficientemente bom”, este texto é para si. Muitas vezes, esta atenção ao detalhe pode ser sinal de dedicação e profissionalismo. Porém, há alturas em que o que fazemos não é uma simples revisão com atenção antes de enviar um documento e sim várias leituras na tentativa de encontrar um erro ou uma forma de escrever a mesma coisa que pareça mais  correta  - levando-nos mais tempo em pequenos detalhes do que era suposto. Quando adicionamos a isto uma ativação emocional (por exemplo de medo, ansiedade ou culpa), podemos estar a deixar a produtividade e a entrar na esfera do perfecionismo.  O perfecionismo pode ser enganador – faz-nos parecer responsáveis, empenhados e exigentes, para além de ser algo frequentemente reforçado a nível social. No entanto, o perfecionismo pode esconder várias coisas, entre elas a intolerância ao erro, o...

Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) no Adulto: Compreender e gerir os desafios

É comum associarmos a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) a crianças, mas muitos adultos também enfrentam os desafios desta condição, o que pode impactar significativamente áreas como trabalho, relacionamentos e bem-estar pessoal. Quando sintomas como dificuldade de concentração, impulsividade ou inquietação persistem na idade adulta e interferem no funcionamento diário, isso pode indicar a presença de PHDA não diagnosticada ou não adequadamente gerida. Quando a PHDA não é adequadamente gerida, os sintomas podem continuar a causar problemas significativos, como dificuldades no trabalho (ex.: desorganização, atrasos), nos relacionamentos (ex.: interrupções constantes, impulsividade) ou no bem-estar pessoal (ex.: frustração, baixa autoestima). Gerir adequadamente envolve procurar diagnóstico, tratamento e estratégias personalizadas para minimizar o impacto da condição e melhorar a qualidade de vida. O que é a PHDA no adulto? A PHDA no adulto é uma perturbação do neur...

Ruminação: o que fazer quando a distração não funciona

  É comum experienciarmos pensamentos negativos e repetitivos perante situações stressantes (ex., reuniões, avaliações, exames médicos, conflitos familiares, questões financeiras). Contudo, quando estes pensamentos se manifestam de forma persistente e estão relacionados as estas situações que causam sofrimento emocional, isso pode significar que está preso/a num ciclo ruminativo . O que é a ruminação? A ruminação consiste num padrão de pensamento perseverativo, e, geralmente, involuntário, marcado por pensamentos negativos, repetitivos e recorrentes, que pode ser focado na pessoa (ex., “porque me sinto assim/porque sou assim”) ou nos eventos (ex., causas e consequências), frequentemente desencadeado por experiências ou estados emocionais negativos. Este padrão de pensamento pode-se manifestar face a uma situação stressante que já ocorreu (ex., a pessoa pode ruminar sobre uma interação social que lhe causou vergonha) ou que pode vir a acontecer (e.x., ruminar sobre uma entrevista ...

Por que ser Bela, Materna e Erót!c@?

Hoje quero, de forma especial, “conversar” com as mulheres. Muitas delas podem estar numa fase de querer olhar para si com mais consciência e desejo de autenticidade. Além da sua doação pela família, profissão e tantas outras importantes realidades, surge uma necessidade profunda de reencontro: quem sou eu agora? É exatamente nesse ponto que o cuidado com a imagem pessoal deixa de ser apenas estética e passa a ser um gesto de autoconhecimento e reconciliação interior . Cuidar de si é também cuidar da mente, da autoestima e da forma como se comunica com o mundo. As três forças que sustentam o feminino Afinal o que é isso de “Bela, Materna e Erót!c@”? A harmonia entre o belo , o materno e o erót!c0 pode representar um estado de equilíbrio psicológico e emocional. Quando essas dimensões estão integradas, a mulher vive de forma mais plena, produtiva e saudável — no corpo, na mente e no espírito. Vejamos o que significa cada uma dessas forças: 1. O Belo: quando a autoestima floresce Antes...